Esta publicação também está disponível em:
A Diarreia em pacientes hospitalizados possui incidência variável, a depender do critério diagnóstico utilizado, e se associa com aumento do tempo de internação e custos hospitalares.
A definição mais comumente aceita é a do aumento do número de evacuações líquidas (>3 vezes/24h). Os principais fatores associados são: idade (>60 anos), gravidade clínica, hipoalbuminemia e tempo de hospitalização.
Dentre as principais causas estão: 1- uso de medicamentos (antibióticos, quimioterápicos e supressores gástricos), 2-Infecções bacterianas/virais, 3-agentes laxativos e 4-nutrição enteral;
Apesar da ampla variedade de fatores envolvidos na diarreia, o uso indiscriminado dos antimicrobianos tem sido apontado como um dos principais causadores de diarreia nosocomial, particularmente ao facilitar a colonização e infecção intestinal pelo Clostridium difficile. Atualmente, reconhece-se este patógeno como a principal causa infecciosa de diarreia nosocomial.
Diante de um paciente hospitalizado que desenvolve diarreia, devemos:
- Avaliar os diversos medicametos que podem ser causas;
- Revisar fatores de risco para infecção por Clostridium difficile, e solicitar pesquisa laboratorial (leucócitos fecais/toxinas A e B);
- Realizar modificações dietéticas que possam perpetuar diarreia;
- Se nutrição enteral: reduzir infusão, reduzir osmolaridade da dieta e aumentar quantidade de fibras solúveis;
- Avaliar uso empírico de probióticos e antidiarrêicos (loperamida e racecadotril) para os casos de difícil controle, sempre avaliar o risco/benefício nos casos de diarréia infecciosa.
Em breve mostraremos como fazer o diagnóstico da Colite Pseudomembradosa, como realizar tratamento e o benefício do uso de Probióticos.
Referencia:
1-Reintam Blaser A, Deane AM, Fruhwald S. Diarrhoea in the critically illCurr Opin Crit Care. 2015